domingo, 20 de setembro de 2009

A cor dos dias

De volta aos post’s sem sentido, às barbaridades mais cruéis, às observações mais obscenas e à verdadeira dor de cabeça dos meus pais, tentar educar um filho que não seja um debitador de inutilidades, e pior mesmo, de parvoíces.
Muito tempo sem escrever causa-me, como a maioria daqueles que convivem comigo sabem, ataques de caspa nos membros superiores e por vezes alguma pedra na vesícula, pedras essas que chegam aos imponentes 3 quilos. Como tal me é incomodativo tenho tendência a aliviar-me de qualquer forma, mesmo que isso implique o sacrifício mental e intelectual dos que lêem este blog por imposição minha.
Desta feita decidi partilhar convosco o que foram alguns dos últimos dias que vivi.
De referir nesses ditos dias, o esplendor que foi vivido, no meu humilde lar, aquando do dia em que os meus progenitores celebravam o seu vigésimo quinto aniversário de núpcias. A cerimónia foi fantástica, a prestação deles foi deveras impressionante, e a festa essa foi mesmo espectacular. Um dia para recordar, pelo menos até ao quinquagésimo aniversário das suas bodas.
Dias depois estava eu a caminho do, há tanto aguardado, Acagrup do 1054. A ilha da Culatra foi o destino escolhido para passar os dias que se seguiram. A expectativa era alta, pelo menos no que a mim dizia respeito, e devo dizer que tudo o que se passou foi ao encontro daquilo que eu imaginara. De salientar o espírito magnifico vivido entre aqueles escuteiros, chefes e pais, onde os últimos tiveram um papel no mínimo impressionante na minha perspectiva. E como todo o bolo que para ser perfeito precisa de uma cereja no topo, eis quando menos esperava, o Clã Fernando Vitorino surge com um gesto, que ousaria chamar de excepcional. Haviam preparado uma cerimónia de partida em clã, que me apanhou desprevenido, e me deixou incrivelmente grato por, com aquelas extraordinárias pessoas ter passado tão bons momentos, e pela sorte me ter bafejado com o seu contributo para o meu crescimento enquanto Homem.
Guardarei religiosamente aquele dossier rubro como prova de tudo aquilo que ao longo dos últimos anos me ofereceram. A todos os que daquele momento fizeram parte, Cátia, Raquel, Diana, Luís Filipe, Gaybéu, João Emanuel, JT, Ivo e Susana aqui fica o meu sincero agradecimento.
Menos de dois dias depois do final daquela grande actividade, e com poucas horas passadas na minha confortável e arranjada cama, já rumava a terras distantes, mais propriamente Malhada Sorda. A fama de tal freguesia era grande aos meus ouvidos, especialmente pela festa em honra de Nossa Senhora da Ajuda, que anualmente atrai um largo número de visitantes.
Não procurarei descrever ou contar o que aconteceu, por julgar que tal experiência não se deve contar ou tentar descrever, vive-se e sente-se.
Seis dias volvidos, e atrevo-me a fazer o balanço do que havia significado para mim aquela festa. Pelas mais distintas razões chego à conclusão que no próximo ano, caso a minha presença por tão nobre terra seja desejada, voltarei. As conversas, as refeições, as danças, as ruas, as piadas, as celebrações, os sorrisos, as noites, os copos, a companhia, os segredos, as motivações, a fé, mas especialmente as pessoas, ficaram marcadas como as grandes responsáveis por aquelas óptimas horas. Muitos momentos lá passados, permaneceram um bom par de dias na minha memória.
Até breve.
Com estima, o Supertramp da Aldeia