Uma vez mais, cá estou eu para ocupar o vosso precioso tempo com mais uma série de barbaridades, vindas do sítio mais oco do planeta, o interior do meu crânio.
Mais um dia em que me deparei a pensar no que me distinguia do resto do mundo, do meu pai, do meu vizinho, do George Bush (esta sei, o George tem um gajo que não gosta dele e lhe atira com sapatos, e eu isso não tenho), enfim, de todas as outras pessoas que neste mundo há.
Comecei por constatar factos. O que nos faz ser tal e qual nos vemos ao espelho, tem três factores determinantes. O primeiro é as pessoas, depois temos o meio e por último aquilo que vem no nosso código genético.
Vou falar-vos das pessoas. Já alguma vez pensaram em quantas pessoas um ser humano, em média, vê na vida? Já imaginaram o número de pessoas que conheceram ao longo da vida? Porventura quantos nomes saberão? Quantos rostos reconheceram? De terras, raças, religiões, clubes, partidos, orientações sexuais, idades, altura, todas diferentes. Uma coisa tão simples e fantástica que está mesmo ao meu lado todos os dias e nem reparo.
Todas as pessoas que passam na nossa vida nos influenciam, de uma forma ou de outra, positiva ou negativamente, com maior ou menor destaque. Os pais, professores, amigos, primos, colegas, catequistas, avós, vizinhos, tios, patrões, treinadores, o senhor do talho, namoradas (os), irmãos, a senhora da mercearia, o padre, o senhor policia, até a Sharon Stone. Todos temos ou tivemos modelos, alguém que pelas suas características nos levava a querer ser como essa pessoa. Para uns pode ser a Madre Teresa de Calcutá, para outros o Marilyn Manson ou até José Mourinho.
Sinto-me agradecido por ter nascido com as pessoas certas junto de mim, e por ter tido as melhores ao meu lado durante longo do caminho que percorri. Se hoje posso (apesar de dias menos bons) dizer-me uma pessoa em crescimento, rumo a alguém melhor, é a estas pessoas de que falava que eu acuso, e chamo de responsáveis, culpados, por eu ser aquilo que sou. Sinceramente ainda bem que são culpadas e responsáveis, porque se não o fossem, provavelmente seria eu hoje alguém com muito menos motivos para sorrir.
Nunca se esqueçam que cada um de nós marca a vida de quem está ao nosso lado, a cada momento, mesmo que nem reparemos ou nos lembremos. Queiram sentir-se sempre culpados por ajudarem a construir uma melhor pessoa, queiram ser, um bocadinho que seja, responsáveis por uma pessoa feliz, queiram ser acusados de contribuírem para o bem-estar de alguém.
Ousem fazer sorrir, arrisquem ser melhores, queiram ser felizes!
Despeço-me com os melhores cumprimentos
O Supertramp da Aldeia
Sem comentários:
Enviar um comentário