Não escrevo nada aqui praticamente desde o dia em que Vasco da Gama partiu com as suas naus rumo à Índia. Eu sei, eu sei, já lá vai uma bela temporada, mas existe uma razão para isto, e é essa mesma razão que vos vou passar a apreentar. Ando completamente viciado no programa do Goucha. Além disso, e não menos espectacular, ando louco para completar uma colecção de casulos de larvas oriundas do Suriname e Malásia. Aproveito portanto para lançar o apelo sentido a todos aqueles que tenham casulos repetidos em casa que me contactem para eventualmente efectuarmos umas trocas. Não se esqueçam, a continuidade destes lindíssimos seres está nas mãos de todos nós, e não dói absolutamente nada, e o cheiro nem é assim tão horrível como as más língua querem fazer querer.
Ufa..Que alívio, há tanto tempo que não expulsava todos estes demónios em forma de disparate da minha mente e corpo.Já começava a sentir-me uma pessoa normal e tudo.
Infelizmente para mim, e sortudos aqueles que por erro ou distracção vão ler estas linhas, não tenho nenhum assunto em especial para sobre o mesmo vir escrever. Pensei por isso em deixar aqui em tom retórico, umas quantas perguntas, provocando em vós algumas respostas ousadas ou o desprezo no caso de serem uns meninos da mamã.
Como é óbvio algumas destas perguntas não fazem grande sentido caso não se cinjam apenas ás condições hipotéticas apresentadas.
Se ocupassem um alto cargo em Portugal, qual gostariam que fosse e porquê? Qual seria a primeira medida que tomariam?
A vossa cidade precisa urgentemente de uma escola e de um hospital. Um tio vosso tem uma doença crónica, e 3 a 4 vezes por semana tem de fazer 80 quilómetros para ir ao hospital para que lhe seja prestado tratamento. Por outro lado o vosso irmão de 7 anos todos os dias, para ir para a escola, tem de fazer 60 quilómetros. O que preferiam (supondo que esta decisão dependia somente de vocês), a escola ou o hospital?
No que se resume o Tratado de Lisboa?
Enquanto responsáveis pelo departamento de recurso humanos de uma qualquer empresa têm estas duas possibilidades: recomendar a contratação um jovem belga de 22 anos recém-licenciado em informática com média de 17 valores numa faculdade do seu país, ou, e pelo mesmo salário, um jovem português de 22 anos recém-licenciado em informática com média de 14 valores numa faculdade do seu país?Porquê essa escolha?
Um qualquer indivíduo ao volante do seu automóvel adormece, consequência disso uma pessoa é atropelada enquanto segue pela berma da faixa de rodagem. A vitima, de 18 anos fica parapelégica. Qual a pena justa a aplicar a este condutor?
Esta linha só está escrita para vos distrair, bem ao estilo de um bom ilusionista.
E se a vitima fosse o vosso melhor amigo, qual deveria ser a pena a aplicar ao condutor?
Ora mais uma vez uma outra frase sem qualquer conteúdo útil e necessário.
No caso do condutor ser o vosso pai, qual a pena a aplicar-lhe?
Felizmente para a saúde mental de todos nós termino por aqui, não sem antes pedir desculpa por mais um atentado social.
Despeço-me de todos com um imenso desejo que não me retaliem por isto na próxima vez que me virem aí ao virar da esquina.
Um forte abraço, O Supertramp da Aldeia
O Supertramp da aldeia
As crónicas, desabafos e opiniões de um eterno palerma.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
A cor dos dias
De volta aos post’s sem sentido, às barbaridades mais cruéis, às observações mais obscenas e à verdadeira dor de cabeça dos meus pais, tentar educar um filho que não seja um debitador de inutilidades, e pior mesmo, de parvoíces.
Muito tempo sem escrever causa-me, como a maioria daqueles que convivem comigo sabem, ataques de caspa nos membros superiores e por vezes alguma pedra na vesícula, pedras essas que chegam aos imponentes 3 quilos. Como tal me é incomodativo tenho tendência a aliviar-me de qualquer forma, mesmo que isso implique o sacrifício mental e intelectual dos que lêem este blog por imposição minha.
Desta feita decidi partilhar convosco o que foram alguns dos últimos dias que vivi.
De referir nesses ditos dias, o esplendor que foi vivido, no meu humilde lar, aquando do dia em que os meus progenitores celebravam o seu vigésimo quinto aniversário de núpcias. A cerimónia foi fantástica, a prestação deles foi deveras impressionante, e a festa essa foi mesmo espectacular. Um dia para recordar, pelo menos até ao quinquagésimo aniversário das suas bodas.
Dias depois estava eu a caminho do, há tanto aguardado, Acagrup do 1054. A ilha da Culatra foi o destino escolhido para passar os dias que se seguiram. A expectativa era alta, pelo menos no que a mim dizia respeito, e devo dizer que tudo o que se passou foi ao encontro daquilo que eu imaginara. De salientar o espírito magnifico vivido entre aqueles escuteiros, chefes e pais, onde os últimos tiveram um papel no mínimo impressionante na minha perspectiva. E como todo o bolo que para ser perfeito precisa de uma cereja no topo, eis quando menos esperava, o Clã Fernando Vitorino surge com um gesto, que ousaria chamar de excepcional. Haviam preparado uma cerimónia de partida em clã, que me apanhou desprevenido, e me deixou incrivelmente grato por, com aquelas extraordinárias pessoas ter passado tão bons momentos, e pela sorte me ter bafejado com o seu contributo para o meu crescimento enquanto Homem.
Guardarei religiosamente aquele dossier rubro como prova de tudo aquilo que ao longo dos últimos anos me ofereceram. A todos os que daquele momento fizeram parte, Cátia, Raquel, Diana, Luís Filipe, Gaybéu, João Emanuel, JT, Ivo e Susana aqui fica o meu sincero agradecimento.
Menos de dois dias depois do final daquela grande actividade, e com poucas horas passadas na minha confortável e arranjada cama, já rumava a terras distantes, mais propriamente Malhada Sorda. A fama de tal freguesia era grande aos meus ouvidos, especialmente pela festa em honra de Nossa Senhora da Ajuda, que anualmente atrai um largo número de visitantes.
Não procurarei descrever ou contar o que aconteceu, por julgar que tal experiência não se deve contar ou tentar descrever, vive-se e sente-se.
Seis dias volvidos, e atrevo-me a fazer o balanço do que havia significado para mim aquela festa. Pelas mais distintas razões chego à conclusão que no próximo ano, caso a minha presença por tão nobre terra seja desejada, voltarei. As conversas, as refeições, as danças, as ruas, as piadas, as celebrações, os sorrisos, as noites, os copos, a companhia, os segredos, as motivações, a fé, mas especialmente as pessoas, ficaram marcadas como as grandes responsáveis por aquelas óptimas horas. Muitos momentos lá passados, permaneceram um bom par de dias na minha memória.
Até breve.
Com estima, o Supertramp da Aldeia
Muito tempo sem escrever causa-me, como a maioria daqueles que convivem comigo sabem, ataques de caspa nos membros superiores e por vezes alguma pedra na vesícula, pedras essas que chegam aos imponentes 3 quilos. Como tal me é incomodativo tenho tendência a aliviar-me de qualquer forma, mesmo que isso implique o sacrifício mental e intelectual dos que lêem este blog por imposição minha.
Desta feita decidi partilhar convosco o que foram alguns dos últimos dias que vivi.
De referir nesses ditos dias, o esplendor que foi vivido, no meu humilde lar, aquando do dia em que os meus progenitores celebravam o seu vigésimo quinto aniversário de núpcias. A cerimónia foi fantástica, a prestação deles foi deveras impressionante, e a festa essa foi mesmo espectacular. Um dia para recordar, pelo menos até ao quinquagésimo aniversário das suas bodas.
Dias depois estava eu a caminho do, há tanto aguardado, Acagrup do 1054. A ilha da Culatra foi o destino escolhido para passar os dias que se seguiram. A expectativa era alta, pelo menos no que a mim dizia respeito, e devo dizer que tudo o que se passou foi ao encontro daquilo que eu imaginara. De salientar o espírito magnifico vivido entre aqueles escuteiros, chefes e pais, onde os últimos tiveram um papel no mínimo impressionante na minha perspectiva. E como todo o bolo que para ser perfeito precisa de uma cereja no topo, eis quando menos esperava, o Clã Fernando Vitorino surge com um gesto, que ousaria chamar de excepcional. Haviam preparado uma cerimónia de partida em clã, que me apanhou desprevenido, e me deixou incrivelmente grato por, com aquelas extraordinárias pessoas ter passado tão bons momentos, e pela sorte me ter bafejado com o seu contributo para o meu crescimento enquanto Homem.
Guardarei religiosamente aquele dossier rubro como prova de tudo aquilo que ao longo dos últimos anos me ofereceram. A todos os que daquele momento fizeram parte, Cátia, Raquel, Diana, Luís Filipe, Gaybéu, João Emanuel, JT, Ivo e Susana aqui fica o meu sincero agradecimento.
Menos de dois dias depois do final daquela grande actividade, e com poucas horas passadas na minha confortável e arranjada cama, já rumava a terras distantes, mais propriamente Malhada Sorda. A fama de tal freguesia era grande aos meus ouvidos, especialmente pela festa em honra de Nossa Senhora da Ajuda, que anualmente atrai um largo número de visitantes.
Não procurarei descrever ou contar o que aconteceu, por julgar que tal experiência não se deve contar ou tentar descrever, vive-se e sente-se.
Seis dias volvidos, e atrevo-me a fazer o balanço do que havia significado para mim aquela festa. Pelas mais distintas razões chego à conclusão que no próximo ano, caso a minha presença por tão nobre terra seja desejada, voltarei. As conversas, as refeições, as danças, as ruas, as piadas, as celebrações, os sorrisos, as noites, os copos, a companhia, os segredos, as motivações, a fé, mas especialmente as pessoas, ficaram marcadas como as grandes responsáveis por aquelas óptimas horas. Muitos momentos lá passados, permaneceram um bom par de dias na minha memória.
Até breve.
Com estima, o Supertramp da Aldeia
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Carta aos Melhores
As linhas que desta carta farão parte não são mais do que uma pequena lembrança, que por ocasião especial, resolvi escrever como forma de agradecimento, por tudo o que fizeram por mim, e porque as palavras quando são escritas ganham significado diferente, e jamais serão atraiçoadas mesmo que por uma memória gasta e fraca.
O agradecimento vai todo para Eles, o agradecimento não chega, tenho de achar outra palavra. Reconhecimento, também não chega... Gratidão! Não é suficiente. Não encontro, se calhar não existem! Não existem as palavras que exprimam de forma exacta o agradecimento, o reconhecimento e a gratidão que eu tenho para com Eles, por tudo aquilo que me deram, e ensinaram.
Podia falar daquele carro telecomandado caríssimo, mas prefiro falar do carinho, podia lembrar-me da bicicleta que sempre desejei, mas prefiro falar da compreensão, podia falar daquelas férias, mas prefiro os momentos de alegria, podia falar do bilhete do concerto que me deram, mas prefiro falar da ternura, podia falar daquelas sapatilhas lindíssimas, mas prefiro falar dos conselhos sábios, podia falar da aparelhagem magnifica, mas prefiro a paciência, podia falar de tantas outras coisas, mas prefiro falar no amor que me deram.
A grandeza de todos os presentes que ao longo estes anos me foram oferecendo é algo sem igual, de tão valioso podia estar no cofre mais seguro do mundo, mas não, Vocês decidiram entregar esse tesouro nas minhas mãos. Sinceramente acho que só no Vosso papel eu irei perceber a grandeza dos vossos gestos, e daquele que tem sido o Vosso duro trabalho a cada dia em que o sol nasce.
Vocês fizeram, fazem e farão um excelente trabalho de equipa. Não há nos quatro cantos do mundo uma equipa que um dia não tenha sentido o sabor amargo da derrota, mas isso não Vos fez mal, bem pelo contrário, fortaleceu-Vos e deu-Vos alento para continuar a somar vitórias, por mais pequenas que fossem, até porque há dias em que um pequeno sorriso é uma vitória.
Juntos partilhamos dias maus, mas convosco tive os melhores dias da minha vida, cresci, aprendi, ganhei, percebi, fui e sou muito Feliz.
A dureza das lágrimas que descrevem coisas tão boas como estas começa a fazer-se sentir nos meus olhos. Encaro-as como o mais sincero sinal de agradecimento que tenho para Vos oferecer.
Sinto-me muitíssimo orgulhoso desta união com 25 anos que deu à luz os melhores Pais que alguém pode ter.
Por tudo isto dou graças a Deus.
(Fiz este texto com o intuito de ser lido na acção de graças da celebração eucarística da comemoração das Bodas de Prata -25 anos- dos meus pais dia 25 de Agosto de 2009)
Um forte abraço para aqueles que estão de parabéns.
O agradecimento vai todo para Eles, o agradecimento não chega, tenho de achar outra palavra. Reconhecimento, também não chega... Gratidão! Não é suficiente. Não encontro, se calhar não existem! Não existem as palavras que exprimam de forma exacta o agradecimento, o reconhecimento e a gratidão que eu tenho para com Eles, por tudo aquilo que me deram, e ensinaram.
Podia falar daquele carro telecomandado caríssimo, mas prefiro falar do carinho, podia lembrar-me da bicicleta que sempre desejei, mas prefiro falar da compreensão, podia falar daquelas férias, mas prefiro os momentos de alegria, podia falar do bilhete do concerto que me deram, mas prefiro falar da ternura, podia falar daquelas sapatilhas lindíssimas, mas prefiro falar dos conselhos sábios, podia falar da aparelhagem magnifica, mas prefiro a paciência, podia falar de tantas outras coisas, mas prefiro falar no amor que me deram.
A grandeza de todos os presentes que ao longo estes anos me foram oferecendo é algo sem igual, de tão valioso podia estar no cofre mais seguro do mundo, mas não, Vocês decidiram entregar esse tesouro nas minhas mãos. Sinceramente acho que só no Vosso papel eu irei perceber a grandeza dos vossos gestos, e daquele que tem sido o Vosso duro trabalho a cada dia em que o sol nasce.
Vocês fizeram, fazem e farão um excelente trabalho de equipa. Não há nos quatro cantos do mundo uma equipa que um dia não tenha sentido o sabor amargo da derrota, mas isso não Vos fez mal, bem pelo contrário, fortaleceu-Vos e deu-Vos alento para continuar a somar vitórias, por mais pequenas que fossem, até porque há dias em que um pequeno sorriso é uma vitória.
Juntos partilhamos dias maus, mas convosco tive os melhores dias da minha vida, cresci, aprendi, ganhei, percebi, fui e sou muito Feliz.
A dureza das lágrimas que descrevem coisas tão boas como estas começa a fazer-se sentir nos meus olhos. Encaro-as como o mais sincero sinal de agradecimento que tenho para Vos oferecer.
Sinto-me muitíssimo orgulhoso desta união com 25 anos que deu à luz os melhores Pais que alguém pode ter.
Por tudo isto dou graças a Deus.
(Fiz este texto com o intuito de ser lido na acção de graças da celebração eucarística da comemoração das Bodas de Prata -25 anos- dos meus pais dia 25 de Agosto de 2009)
Um forte abraço para aqueles que estão de parabéns.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
As escolhas de uma vida
Durante os próximos minutos vou escrever sobre mais um tema que a Maia me recomendou. E sim é a Maia que estão a pensar, aquela que não é abelha, mas sim taróloga, comentadora da vida alheia, e agora até capa de revistas masculinas, o que cá entre nós é bem revelador de como se passeia a Crise por este belo país à beira mar plantado.
Ok, ok! Prometo não escrever mais disparates destes neste post. Desculpem-me, mas às vezes é bem mais forte e patético do que eu, e aí nem consigo resistir.
As coisas que durante a nossa vida, em detrimento de outras, vamos escolhendo têm um peso gigante na nossa vida. Pelo menos esta foi a conclusão a que cheguei um destes dias enquanto pensava cá para com os meus botões. Este processo de escolhas começa quando ainda somos muito novos. Uma dessas primeiras escolhas acontece quando os nossos pais no levam às compras para adquirir o nosso precioso primeiro material escolar. A diferença entre escolher um estojo do ActionMan ou do SpiderMan pode fazer toda a diferença para conquistar o nosso primeiro amigo na escola. Depois com a semanada vêm as cada vez mais duras escolhas, compro um saco de berlindes para começar a minha saga vencedora e me afirmar neste magnifico jogo perante toda a turma, ou compro aquele chocolate com um leão desenhado e sacio a minha enorme gula?! No intervalo, prontos a formar as equipas que disputaram o mais afamado de todos os jogos de escola, escolho para a minha equipa o melhor jogador para assim poder fazer parte da equipa vencedora, ou abro mão disso e escolho o meu amigo?! Chegado a casa na plenitude dos 6 anos com mais um dente prestes a cair as opções são: ou prendo um cordel do dente à porta e a fecho e amanhã terei uma história de coragem para contar aos meus amigos, ou deixo que ele caia por ele próprio e evito a tortura psicológica que são aqueles segundos antes de empurrar a porta?!
Alguns anos passados e as escolhas mantêm-se, mas desta vez parecem as piores do mundo. Em pleno 8º ano e eis as hipóteses: fazer todos os trabalhos em atraso para a escola, evitando assim uns ralhetes de pais e professores, ou por outro lado desfrutar de umas boas horas em cima da minha bicicleta, arriscando aqueles truques que eu tanto queria saber?!
Cada pormenor, cada gesto, cada piscar de olhos, cada segundo altera definitivamente ou quase a nossa vida para sempre, digo-o não por ser mau, mas por ser uma condição incrível que por vezes nem reparo. Vou dar alguns exemplos disto, para puderem ver as coisas como eu e assim terem razão para me chamar chanfrado. Os 10 segundo que demorei a mais naquele dia a lavar os dentes fizeram que perdesse o autocarro, e assim não pude chegar a tempo à escola e perdi a aula onde o professor ensinava o Teorema de Pitágoras, o que, anos mais tarde, irá tirar-me uma décima no exame de matemática o que me fará chumbar e ficar com aquela disciplina por fazer. Serei obrigado a repetir o exame no ano seguinte e para isso assistir às aulas, aulas com pessoas que passarei a conhecer, no meio dessas pessoas existe uma que toca violino, e que convencerá a aprender a tocar, vou aprender a tocar violino. Já na faculdade entro numa tuna, que não entraria se não soubesse tocar violino, nessa tuna irei actuar a um sitio que provavelmente não conheceria se não fosse assim, nessa terra existe um museu que visitarei, nesse museu existe um guia com o qual manterei contacto por muito tempo, e certo dia conhecerei a sua filha por quem me virei a apaixonar e com a qual irei casar. Ainda se lembram que esta história começou com 10 segundo de atraso ao lavar os dentes, certo?!
Aquelas aulas a que não fomos porque queríamos estar com a namorada, aquele jantar de família que trocamos por uma ida ao cinema, aquele jogo de futebol que não vimos porque estávamos de castigo, o dia que não fomos à piscina porque fomos à aula de condução, o amigo que não conhecemos porque naquela noite porque estava a chover tanto lá fora, as férias que perdemos com os amigos por estarmos a trabalhar.
Enfim as opções são tantas, as escolhas tão difíceis, e nunca nunca, por um único dia que seja nos dão tréguas, e por mais opções que façamos, por mais escolhas que tomemos, jamais nos iremos habituar a esta nossa condição de escolha permanente.
Julgo que o mais importante é termos sempre a convicção de que no momento em que fazemos as nossas escolhas, essas eram pois para nós a melhor opção, o melhor caminho, a melhor saída, e que o fizemos foi acreditando nisso.
Posso dizer-me convicto das minhas escolhas, sei que nem sempre fiz as melhores, e sei que ainda irei falhar numa ou outra por pequenas que possam ser. No entanto não pudemos esquecer o caminho que fizemos para estarmos onde estamos, e se aqui chegamos foi porque ganhamos mais vezes do que as que erramos.
Acreditar naquilo que nos move é fundamental, e nunca, nunca tenham medo de arriscar, especialmente quando o que buscam se chama Felicidade.
Um forte abraço para todos, especialmente para quem arrisca ser Feliz!
O Supertramp da Aldeia.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Momentos
Depois de uma bela temporada afastado das letras, observações e comentários palermas, eis-me aqui de novo pronto escrever mais umas linhas e para vos mostrar que a minha tolice está mais crónica que nunca.
Vou escrever sobre alguns momentos fantásticos que tive a oportunidade de passar nos últimos dias.
Não mais do que 15 miúdos, entre 12 e 16 anos, proporcionaram-me uma fantástica semana de crescimento e desenvolvimento pessoal.
Os 15 hectares cheios de magia e beleza da Quinta de São Francisco, em Pataias, foram o local escolhido.
É certo e sabido que eram miúdos institucionalizados, com graves problemas familiares, sociais e alguns até de desenvolvimento, mas isso não muda o facto de serem pessoas e acima de tudo crianças, como todos nós um dia fomos, mas a quem não foi dada a possibilidade de crescerem felizes.
As marcas de um passado que gostariam de apagar e esquecer estão por todo lado, algumas em forma de cicatrizes, outras notam-se num olhar triste e amargurado, algumas até numa simples conversa sobre a família, mas as piores permanecem nas suas memórias.
Foi deveras uma experiência riquíssima para todos os que fizeram parte do projecto Campo's 09. Pessoalmente, para além de ter deixado as marcas de algo inigualável, proporcionou-me a percepção duma realidade claramente diferente daquela à qual estava habituado e fez-me estar ainda mais agradecido pela sorte que tive nas oportunidades para aqui chegar.
Da lembrança vão constar muitas coisas oferecidas por aqueles miúdos, os sorrisos que vi nos seus lábios, as alegrias que lhe proporcionamos, as asneiras que fizeram, os conselhos que lhes demos, as conversas, os jogos, as brigas, os seus desabafos, e por último as lágrimas que alguns deixaram para trás como sinal de agradecimento por tudo aquilo que juntos fizemos, a nossa gigante recompensa.
Com os outros monitores (chefes, caminheiros e monitores da instituição) ficam outras tantas marcas, as relações que criámos, as gargalhadas que partilhamos, as confissões que fizemos, as histórias e episódios que assistimos, as conversas e discussões, as piadas que trocávamos sobre a lata da salsichas, o chefe dos bombeiros, o hipopótamo e o halibut.
Por fim aquele sentimento que invadiu o peito de todos nós, uma sensação amarga, saudades daquilo que ainda nem acabou, a tristeza e algumas lágrimas romperam nos olhos de todos, um claro sinal do quanto espectaculares haviam sido os últimos dias.
A todos os que participaram no Campo's 09 um muitíssimo obrigado e até breve.
Um forte abraço
O Supertramp da Aldeia
Vou escrever sobre alguns momentos fantásticos que tive a oportunidade de passar nos últimos dias.
Não mais do que 15 miúdos, entre 12 e 16 anos, proporcionaram-me uma fantástica semana de crescimento e desenvolvimento pessoal.
Os 15 hectares cheios de magia e beleza da Quinta de São Francisco, em Pataias, foram o local escolhido.
É certo e sabido que eram miúdos institucionalizados, com graves problemas familiares, sociais e alguns até de desenvolvimento, mas isso não muda o facto de serem pessoas e acima de tudo crianças, como todos nós um dia fomos, mas a quem não foi dada a possibilidade de crescerem felizes.
As marcas de um passado que gostariam de apagar e esquecer estão por todo lado, algumas em forma de cicatrizes, outras notam-se num olhar triste e amargurado, algumas até numa simples conversa sobre a família, mas as piores permanecem nas suas memórias.
Foi deveras uma experiência riquíssima para todos os que fizeram parte do projecto Campo's 09. Pessoalmente, para além de ter deixado as marcas de algo inigualável, proporcionou-me a percepção duma realidade claramente diferente daquela à qual estava habituado e fez-me estar ainda mais agradecido pela sorte que tive nas oportunidades para aqui chegar.
Da lembrança vão constar muitas coisas oferecidas por aqueles miúdos, os sorrisos que vi nos seus lábios, as alegrias que lhe proporcionamos, as asneiras que fizeram, os conselhos que lhes demos, as conversas, os jogos, as brigas, os seus desabafos, e por último as lágrimas que alguns deixaram para trás como sinal de agradecimento por tudo aquilo que juntos fizemos, a nossa gigante recompensa.
Com os outros monitores (chefes, caminheiros e monitores da instituição) ficam outras tantas marcas, as relações que criámos, as gargalhadas que partilhamos, as confissões que fizemos, as histórias e episódios que assistimos, as conversas e discussões, as piadas que trocávamos sobre a lata da salsichas, o chefe dos bombeiros, o hipopótamo e o halibut.
Por fim aquele sentimento que invadiu o peito de todos nós, uma sensação amarga, saudades daquilo que ainda nem acabou, a tristeza e algumas lágrimas romperam nos olhos de todos, um claro sinal do quanto espectaculares haviam sido os últimos dias.
A todos os que participaram no Campo's 09 um muitíssimo obrigado e até breve.
Um forte abraço
O Supertramp da Aldeia
quarta-feira, 8 de julho de 2009
O passo seguinte
Quantos sabem o quão difícil por vezes é dar um passo, um simples passo.
Eu, julgo hoje que o sei. Sinto que não devo acreditar nisto que sei, pois amanhã surgirá um outro passo, uma outra decisão, um outro desafio, e eu não estarei preparado para ele. Deste lado da margem parecerá um grande salto, mas não será nada mais do que um desafio, como já ultrapassamos centenas antes, cuja lembrança permanece ténue no fundo da nossa memória. Será sempre assim. No primeiro dia de aulas, num encontro romântico, numa entrevista de emprego, no dia do exame de condução, no dia do casamento. Estes são alguns pelos quais quase todos nós passámos ou havemos de passar.
Desta vez, e depois de muito adiar o meu salto, justificando-me com o medo que tinha de não chegar à outra margem, ousei saltar.
Foram horas de constrangimento, dias de medo, noites repletas de ansiedade, semanas de pressão, devido sobretudo ao medo de falhar perante mim próprio, e perante os outros. Todos colocaram, conscientes ou não, as expectativas bem altas, o que por si só não me facilitava em nada a missão. O defraudar de um expectativa é sempre pior que o superar da mesma. No fundo aquele típico cocktail explosivo que todos já, pelo menos uma vez na vida, provaram.
Não queria, não podia, e nem me deixavam pensar em falhar. Sentia contudo uma insegurança enorme dentro de mim. Fingi que nada disto se passava, até porque não queria que ninguém soubesse, e segui o meu caminho.
Durante os “treinos” fui percebendo claramente que estava algo a mudar em mim. Estava finalmente a fazer algo que há muito não fazia, e que me dava algum prazer.
Com o passar do tempo foi diminuindo de forma gigantesca a moral das “tropas”. Comecei a estar menos seguro, começou a dar sinais a primeira preguiça, começou a fugir a força de outrora, e isto desencadeou uma bola de neve a rolar colina abaixo. Não foi tarefa fácil detê-la, acho mesmo, que não a consegui sequer fazer abrandar.
Independente de todas as condicionantes, o dia chegou, e lá fui eu enfrentar de caras o desafio que propus a mim próprio. Sabia que não iria ficar mal, mas isso não significaria ultrapassar o obstáculo com o mérito, e o proveito desejado.
Saí do campo de batalha com uma sensação agridoce. Por um lado sentia que tinha feito aquilo que sabia e conseguia, por outro lado sentia que não era suficiente.
O dia do veredicto chegou, e trouxe consigo uma ansiedade imensa. Faltavam poucos minutos para as 10 horas da manhã de dia 7, quando tive acesso ao resultado do trabalho e esforço das últimas semanas. O resultado foi melhor do que aquilo que esperava. Tinha conseguido dar o salto, tinha dado O passo, tinha saído vencedor. Francamente a vitória soube a pouco. Um pouco ao estilo do Natal, tantos dias a preparar a festa, muitas luzes, imensos presentes e depois tudo acaba tão depressa, e no dia 26 já nada tem a mesma magia. No fundo sei que vitória é vitória, e essa sensação óptima, ninguém quer perder, e eu não serei excepção.
E agora?! Agora que acabou a magia, arregaço as mangas e começa a lutar para vencer o próximo desafio. O objectivo é voltar a conseguir dar o pequeno passo para a humanidade, mas um grande passo para o Homem.
Digo-vos mais, o rapazola que dizia isto tem razão. “Yes, You Can!”
Um abraço 15,9 vezes mais forte que os anteriores.
O Supertramp da Aldeia
sexta-feira, 3 de julho de 2009
A forma selvagem de se ser civilizado
Ando, a cada dia que passa, de forma cada vez mais hilariante, a assistir ao comportamento dos meus compatriotas portugueses, vulgo "tugas". Tugas que é sem dúvida daquelas coisas que qualquer português devia ter pavor de ser chamado. Reaparece-me urticária de cada vez que ouço tratar os portugueses dessa forma, soa-me a um nome bem labrego para tratar, lá está, pessoas que o sendo, acreditam piamente que não o são. O que me custa mais no meio disto tudo é que foi uma alcunha que escolhemos para nós próprios. Se alguém um dia me desse a árdua missão de escolher uma alcunha para mim, garanto-vos que não seria tété, sheila, e muito menos zinho ou pirussas. Escolheria uma que, caísse bem no tímpano dos que me rodeiam para no mínimo não me gozarem por aquilo que eu próprio escolhi para mim. Tal como quando vou comprar roupa, tenho o cuidado de não comprar uma camisa com padrão havaiano, para vestir com umas calças brancas, porque se o fizer, farei seguramente ainda mais figura de palerma. Digamos que é sermos um pouco ruins connosco próprios, como aqueles senhores que compram chicotes para levar com eles enquanto têm vestida uma farpela preta de látex e estão amarrados de algemas, que eu agora não me recordo como se chamam.
Bem, mas como este texto serve para falar do comportamento dos portugueses e não das suas pirosas alcunhas, vamos ao que interessa.
A necessidade de escrever este desabafo surgiu especialmente depois de conversas distintas com dois amigos. Recomendo aos leitores mais sensíveis e àqueles que têm mau hálito que vão ver o canal das televendas ou um qualquer erótico porque as histórias que a seguir serão relatadas podem e devem ferir susceptibilidades. Um dos meus amigos, relatou-me que quando viajava tranquilamente dentro da sua viatura (e não estava a tirar macacos do nariz, como qualquer bom automobilista), o condutor do carro à frente mandou, imaginem, a tampa do seu belo iogurte liquido borda fora, e esta bateu-lhe com requinte no pára-brisas e deixou-lho badalhoco, mas a cheirar a morango/abacaxi. Não ficaram impressionados? Ainda bem, porque a parte pior nem era aquela. Finda a degustação do referido iogurte, bota de mandar para o ar (e o ar é de todos) a embalagem do referido alimento. Mais uma vez, e porque a pontaria era boa, o que restava do pobre iogurte e seu recipiente embateram no vidro, sem compaixão pelo resto das gotas que se encontravam dentro do mesmo, que de forma estrondosa se desintegraram com o embate, borrando como é óbvio o vidro daquele carro que seguia a 120Km/h, na auto-estrada que liga o Porto a Lisboa. Ora que linda imagem para caracterizar e relembrar o que se passa na ainda por desbravar selva do asfalto em Portugal.
A segunda história é não menos assustadora, mas desta vez julgo não ter iogurte, e se tiver é de pedaços de pêssego, dentro da validade, claro está.
São relatos de alguém que trabalha numa loja, loja essa cheia de pessoas com vontade de assistir e ou protagonizar momentos de diversão e histerismo para mais tarde recordar. Uma senhora dirige-se à caixa dessa loja para trocar uma cueca, não sei de que cor, lamento. A loja estava sem ninguém, com excepção dos funcionários e respectiva senhora. A senhora explica ao funcionário a situação e pergunta-lhe se ele pode fazer algo para a ajudar. Nisto estão já umas cinco pessoas na loja. O funcionário responde-lhe que não se pode trocar roupa que se usa em partes tão íntimas. A senhora não concorda e começa a levantar o tom "protegida" pela companhia de um outro cliente que entretanto se pusera atrás dela para pagar a sua conta. A loja tem treze pessoas e seis delas estão na fila para fazer o pagamento. Por esta altura já a mulher berrava desalmadamente com o funcionário. Mais três pessoas na fila e até nomes feios a senhora chamou ao funcionário, e não foi cá bandido nem malcriado, foram nomes bem piores que nem poderia escrever aqui, porque corria o risco de a minha mãe ler e de me pôr de castigo. Fim da história, percebe-se que aquilo que poderia ter sido uma conversa normal e civilizada não o foi apenas porque a senhora sentiu que se fizesse um escândalo, com outras pessoas a assistir, o funcionário ia ceder à sua vontade.
Estes portugueses são espectaculares, batem na professora que colocou o filho de castigo, fazem tudo o que é possível para numa fila passarem à frente de alguém, chamam nomes ao chefe que os obriga a trabalhar, são autênticos indígenas ao volante, dizem que o vizinho que fez fortuna é ladrão ou vende droga, não podem esperar dois minutos enquanto estamos no Multibanco, vão à pastelaria e querem o pastel de nata maior que há (quando eles são todos iguais), não haverá nunca um governo que tenho um único membro sério, a filha do Zé é uma vadia porque foi tomar café com um amigo, passam a vida com a queixarem-se, cospem para o chão, culpam os pretos, chineses e ucranianos por não terem emprego e dizem: "no meu tempo é que era" . Enfim, e mais outras 400 coisas que eu me esqueci agora de nomear e também porque não quero ficar como "ELES" ou os "OUTROS", que falam falam falam, mas não os vejo a fazer nada.
Cheira-me que a nação áurea que outrora fomos tinha um código genético bem distinto desta, ou então pode-se concluir que estar em contacto com o mar e com o sol mais que dois mil anos provoca estupidez crónica.
Saudações Lusitanas, O Supertramp da Aldeia
Bem, mas como este texto serve para falar do comportamento dos portugueses e não das suas pirosas alcunhas, vamos ao que interessa.
A necessidade de escrever este desabafo surgiu especialmente depois de conversas distintas com dois amigos. Recomendo aos leitores mais sensíveis e àqueles que têm mau hálito que vão ver o canal das televendas ou um qualquer erótico porque as histórias que a seguir serão relatadas podem e devem ferir susceptibilidades. Um dos meus amigos, relatou-me que quando viajava tranquilamente dentro da sua viatura (e não estava a tirar macacos do nariz, como qualquer bom automobilista), o condutor do carro à frente mandou, imaginem, a tampa do seu belo iogurte liquido borda fora, e esta bateu-lhe com requinte no pára-brisas e deixou-lho badalhoco, mas a cheirar a morango/abacaxi. Não ficaram impressionados? Ainda bem, porque a parte pior nem era aquela. Finda a degustação do referido iogurte, bota de mandar para o ar (e o ar é de todos) a embalagem do referido alimento. Mais uma vez, e porque a pontaria era boa, o que restava do pobre iogurte e seu recipiente embateram no vidro, sem compaixão pelo resto das gotas que se encontravam dentro do mesmo, que de forma estrondosa se desintegraram com o embate, borrando como é óbvio o vidro daquele carro que seguia a 120Km/h, na auto-estrada que liga o Porto a Lisboa. Ora que linda imagem para caracterizar e relembrar o que se passa na ainda por desbravar selva do asfalto em Portugal.
A segunda história é não menos assustadora, mas desta vez julgo não ter iogurte, e se tiver é de pedaços de pêssego, dentro da validade, claro está.
São relatos de alguém que trabalha numa loja, loja essa cheia de pessoas com vontade de assistir e ou protagonizar momentos de diversão e histerismo para mais tarde recordar. Uma senhora dirige-se à caixa dessa loja para trocar uma cueca, não sei de que cor, lamento. A loja estava sem ninguém, com excepção dos funcionários e respectiva senhora. A senhora explica ao funcionário a situação e pergunta-lhe se ele pode fazer algo para a ajudar. Nisto estão já umas cinco pessoas na loja. O funcionário responde-lhe que não se pode trocar roupa que se usa em partes tão íntimas. A senhora não concorda e começa a levantar o tom "protegida" pela companhia de um outro cliente que entretanto se pusera atrás dela para pagar a sua conta. A loja tem treze pessoas e seis delas estão na fila para fazer o pagamento. Por esta altura já a mulher berrava desalmadamente com o funcionário. Mais três pessoas na fila e até nomes feios a senhora chamou ao funcionário, e não foi cá bandido nem malcriado, foram nomes bem piores que nem poderia escrever aqui, porque corria o risco de a minha mãe ler e de me pôr de castigo. Fim da história, percebe-se que aquilo que poderia ter sido uma conversa normal e civilizada não o foi apenas porque a senhora sentiu que se fizesse um escândalo, com outras pessoas a assistir, o funcionário ia ceder à sua vontade.
Estes portugueses são espectaculares, batem na professora que colocou o filho de castigo, fazem tudo o que é possível para numa fila passarem à frente de alguém, chamam nomes ao chefe que os obriga a trabalhar, são autênticos indígenas ao volante, dizem que o vizinho que fez fortuna é ladrão ou vende droga, não podem esperar dois minutos enquanto estamos no Multibanco, vão à pastelaria e querem o pastel de nata maior que há (quando eles são todos iguais), não haverá nunca um governo que tenho um único membro sério, a filha do Zé é uma vadia porque foi tomar café com um amigo, passam a vida com a queixarem-se, cospem para o chão, culpam os pretos, chineses e ucranianos por não terem emprego e dizem: "no meu tempo é que era" . Enfim, e mais outras 400 coisas que eu me esqueci agora de nomear e também porque não quero ficar como "ELES" ou os "OUTROS", que falam falam falam, mas não os vejo a fazer nada.
Cheira-me que a nação áurea que outrora fomos tinha um código genético bem distinto desta, ou então pode-se concluir que estar em contacto com o mar e com o sol mais que dois mil anos provoca estupidez crónica.
Saudações Lusitanas, O Supertramp da Aldeia
Subscrever:
Mensagens (Atom)